O departamento Jurídico do Sindicato orienta e defende os trabalhadores, na busca por seus direitos. Uma equipe de advogados e estagiários se encarrega de fortalecer na Justiça a luta que o Sindicato tem na sociedade: defender e ampliar os direitos dos trabalhadores contra os ataques dos patrões e não aceitar a redução de direitos. Milhões de reais já foram garantidos, nos últimos anos, em processos coletivos e individuais referentes ao pagamento de dívidas trabalhistas, além de reintegrações por demissões ilegais e pagamento de insalubridade, periculosidade, etc.
Trabalhar em um departamento jurídico é sempre uma tarefa árdua. Além do volume e pontualidade do trabalho exercido, é necessário superar as barreiras internas que muitas empresas (mesmo as grandes) ainda possuem.
Afinal, como o setor trabalha na mitigação de riscos, os resultados apresentados serão sempre “menos danosos” e não, matematicamente falando, positivos. Isso pode entrar em conflito com a visão de lucro de um negócio que não entende exatamente qual o papel do jurídico na organização.
Só para exemplificar, basta citar o famigerado contencioso, peça nuclear do trabalho de um gerente jurídico. Calcular as provisões, ou seja, se preparar para eventuais perdas litigiosas, parece, para a lógica estratégica do negócio, ser algo como se preocupar com ‘o que já passou’, como se ‘batalhas judiciais’ para recuperar alguma ação soassem como ‘corrigir aquilo que deu errado’. Isso parece destoante de valores como ‘olhar sempre pra frente’, muito comum no mercado.
Para a empresa, apenas uma parcela muito pequena dos processos, aquela vital para os negócios, é interessante acompanhar. O restante é “dispensável”.